"A principal missão do professor de Geografia é ajudar o aluno a entender o local onde vive e atuar sobre ele". Aziz Nacib Ab'Saber



segunda-feira, 15 de março de 2010

Terremotos Sociais

É inevitável perceber o espaço que se abriu para uma reflexão que deixou o mundo perplexo. O terremoto de escala 7.0 em Porto Príncipe-Haiti nos despertou para o reconhecimento da incrível força interior do planeta, com infinitas possibilidades de destruição. Mas também nos remeteu a história de sofrimento dos países subdesenvolvidos.
Um país com 9 milhões de habitantes que sofre inúmeros terremotos sociais, com a pior taxa de pobreza da América Latina e uma das piores do mundo. Segundo o relatório elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento (PNUD) o Haiti está em 149º no IDH numa escala de 0,532. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mede os avanços alcançados por um país em três aspectos: vida longa e saudável (baseado na esperança média de vida ao nascer), acesso ao conhecimento (baseado na alfabetização e na escolarização) e nível de vida digno (baseado no PIB per capita associado ao poder de compra em dólares americanos).
Atualmente 80% dos haitianos vivem abaixo da linha da pobreza, sendo que 54% se encontram na extrema pobreza. A mortalidade infantil é de cerca de 60 mortes para cada mil nascimentos (no Brasil, a proporção está em torno de 22 para mil), a expectativa de vida é de 60 anos e o analfabetismo atinge 47,1% da população. No Haiti, antes do terremoto, já existiam 3,8 milhões de crianças subnutridas.
Falta de infra-estrutura e indústria nacional, precariedade nas estradas, energia, telecomunicações e transporte, são realidades que assolam o país. Dois terços dos haitianos dependem da agropecuária para sobreviver, enquanto apenas 9% trabalham na indústria.
Uma realidade um tanto estranha por ter sido a segunda nação a se tornar independente (da França) nas Américas e a primeira a abolir a escravidão, em 1804.
O Haiti foi descoberto por Cristóvão Colombo em 1492, na época, a ilha foi batizada de São Domingos, posteriormente dividida entre a República Dominicana e o Haiti.
Sua longa história de exploração e corrupção coloca hoje o país num cenário de extrema miséria.
Desde Junho de 2004 a Missão das Nações Unidas para a estabilização no Haiti ou MINUSTAH (sigla derivada do francês: Mission des Nations Unies pour la stabilisation en Haïti), é uma missão de paz criada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas em 30 de abril de 2004 por meio da resolução 1542, para restaurar a ordem no Haiti, após um período de revoltas e a deposição do presidente Jean-Bertrand Aristide.
Desigualdade social, dependência econômica, infra-estrutura precária e histórico de exploração são alguns aspectos analisados para classificar o nível de desenvolvimento de um país. Assim, podemos verificar que o Haiti é um sinônimo de subdesenvolvido. Ainda mais fragilizado após o terremoto que atingiu o país, serão necessárias algumas décadas para a recosntrução. Sem dúvida é hora da comunidade internacional mostrar o que aprendeu com os erros e acertos do passado na difícil missão de reconstruir um Estado.

Um comentário:

  1. oiprofe Cristel é a Bárbara do frederico 17a ,o texto é bem apavoranteque péssima realidade né?

    ResponderExcluir